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quinta-feira, 27 de julho de 2017

VALE A PENA PERDER TEMPO COM ESSES CRIMINOSOS LOUCOS?

"...E não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que estão mais de cento e vinte mil homens que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e também muitos animais?"
Jonas 4:11
Irmã Laíde no ponto de Ônibus


LOUCOS POR VIDA.
(Mais um dia com os malucos beleza. Hospital penitenciário de custódia de São Paulo)
_O senhor pode me levar até o terminal de trem da Lapa? Eu perguntei ao taxista enquanto entrava no táxi para não chegar atrasado, nem deixar a irmã Laíde me esperando.

_Claro! Ele respondeu o taxista.
.
Enquanto eu entro no táxi e acomodo minha mochila e meu violão, o taxista pergunta se eu era músico. Eu disse que não, que apenas arranhava o violão de vez em quando.
O percurso não era longo, mas foi o suficiente para que a curiosidade do taxista procurasse saber para onde eu estava indo.
_Para o Hospital de Custódia de presos em Franco da Rocha. Respondi eu. Vou lá levar um pouco de música para os presos diagnosticados com doenças mentais.

O taxista olhou pra mim surpreso.

_São os bandidos "pinel"? Ele perguntou.
_Sim! São os "pinel". Os loucos que nem o PCC quer.
_Mas vale a pena ir lá? Eles entendem o que você faz? Eles interagem? Eles não são violentos?
Foram tantas perguntas, no entanto eu me concentrei apenas na primeira pergunta que ecoou em minha mente, "Vale a pena?" Então eu o respondi.

_Eu tenho feito isso por eles, mas também por mim. Faço isso para desviar meu coração da letargia e do meu egoísmo. Quero sentir vida em minhas veias. Respondi com uma alegria que fluía fortemente enquanto falava.
_Deu 15 Reais.
_Ok. Tá aqui, pode ficar com o troco.
_Moço, muito obrigado por entrar em meu táxi. Eu preciso fugir do meu egoísmo e sentir vida em minhas veias também. Muito obrigado.
_Fique em paz. Foi um prazer conversar com o senhor. Tenha um dia de paz. Eu falei me despedindo do taxista.
Na estação eu encontro a irmã Laíde. Pegamos o trem e nos encaminhamos para o presídio.
Como posso descrever aquele ambiente? É uma mistura de natureza e grades, verde e cinza se misturam, vida e morte, liberdade e prisão. A penitenciária fica rodeada por uma floresta e um rio cheio de vida. Capivaras vivem por lá e pássaros cantam a todo tempo. Sabiás, bem-ti-vis, pardais e até um pica-pau eu já vi por lá.
Toda essa vida e liberdade desparece quando adentramos no recinto onde os presos ficam reclusos. Lá é tudo monocromático. O cinza das grades imita o ambiente de The Walking dead. Os presos vestem um uniforme marrom e branco, eles caminham compulsivamente de um lado para o outro enquanto outros detentos se distraem ao fumar um cigarro e outros viajam na leitura de algum livro.
Hoje eu entrei bem introspectivo, estava companhado pelo meu violão e mais duas senhoras. A irmã Laíde decidiu que eu deveria liderar a reunião hoje enquanto ela iria visitar uma outra ala de presos mais violentos e com problemas psiquiátricos mais graves.
Entrei na sala de reunião, mas ainda não havia ninguém no salão. Esperei por cinco minutos sem entender o porquê da ausência dos detentos. Foi então quando um rapaz entrou e eu perguntei onde estavam os "alunos". Ele respondeu que os outros estavam lanchando, pois era a hora do café da tarde.
O salão estava organizado com as cadeiras e bancos nos devidos lugares. Para passar o tempo eu decidi dedilhar meu violão para me distrair e tentar tirar um pouco da minha tensão. Sim, eu estava tenso.

Eu fecho os olhos e começo a cantar e tocar meu violão. Minha voz ressoa no salão vazio. Por um momento eu consigo me distrair e me esqueço que estou naquele ambiente de prisão e dor. Minha alma se liberta e como minha voz, ela quebra as paredes e muros e se perde no infinito.
Minha concentração se quebra ao abrir os olhos eu ver uma multidão entrar atraídos pelo som do violão e pela voz que soava.
Eles todos entravam e se sentavam nas cadeiras com uma reverência incomum.
Já quase não há mais lugar para se sentar. Então iniciamos o culto, fiz uma oração seguida de alguns louvores da Harpa Cristã.
Tudo o que eu havia planejado para pregar havia desaparecido da minha mente. Deu tela azul, um branco daqueles de deixar qualquer um aflito. A multidão de presos considerados loucos estavam com olhos fitos em mim. Eu não lembrava nem do texto bíblico que eu havia separado para ler e eu pensava comigo mesmo: " Pense em algo Antoniel, pense em algo urgente!"
Então vem aquele "estalo"! MEMÓRIA!! LEMBRANÇAS! É isso!!
_Todos nós temos boas e más lembranças de nossa vida! Comecei assim o mensagem do Evangelho.

_ As boas lembranças nos trazem boas sensações, emoções e alegrias, enquanto as más lembranças e as más memórias, essas nós tentamos esquecer a todo custo. E mais, não apenas tentamos esquecer, mas gostaríamos que as pessoas esquecessem dos nossos erros, crimes e pecados que cometemos contra as pessoas e contra nós mesmos.
Todos ficam atentos ao que eu estou dizendo. Não há nenhuma distração na sala, eu olho nos olhos de cada um e percebo uma sede deles por ouvirem o que há de ser dito. Eu continuo a mensagem. 

Neste momento eu pergunto a eles:"_Queridos, as escrituras dizem que Deus conhece todas as coisas. Me respondam então, há algo que Deus se esqueça? Há alguma coisa que Deus não lembre?" Todos respondem ao mesmo tempo "NÃO! Deus não se esquece de nada!"
Então eu com o dedo apontado para o alto digo a eles: _Há algo sim que Deus faz questão de não lembrar! Dos pecados arrependidos!! Sim, a Bíblia nos diz que Deus lança para o lago do esquecimento os nossos pecados perdoados, ele se esquece dos nossos crimes confessados e deles não se lembra mais.
Daí comecei a falar sobre a graça de se ter os pecados perdoados e esquecidos, da paz que sentimos ao confessarmos nossos pecados, da paz que sentimos quando nós perdoamos e somos perdoados.
Conclui a mensagem cantando uma música" Pai do céu".
"Pai do céu, me ajude a levar minha cruz
A viver neste mundo imundo
E mostrar pra este mundo,pai
Que eu sou uma luz

Pai do céu, mais que tento acertar,mais eu erro
Me perdoa,mas não sou de ferro
É difícil,tão difícil aprender a viver

Pai do céu, me disseram que o mundo é uma escola
E eu venho pedir-te me ajuda, me ajuda a fazer a lição

Pai do céu,me perdoa
Embora eu não mereça
Dá-me forças pra erguer a cabeça
Eu prometo,prometo que vou acertar
Me ajuda,me guarda, me ampara
Me sustenta e me prepara
Pra quando teu filho voltar."
Ao terminar de cantar, vejo aqueles "loucos" cheios de vida! Vejo sorrisos tomarem lugar de rostos tristes, vejo liberdade romper os muros e grades cinzas de um ambiente que antes era apenas de dor, tristeza e culpa.

Vale a pena? Ah se vale!! Vale muito a pena ir onde poucos vão. Vale muito a pena garimpar sinais de vida onde muitos desistiram de viver.

Olho no fundo do salão e vejo a irmã Laíde com um sorriso de orelha a orelha, feliz assim como todos que se juntaram a nós naquele culto cheio de "Loucos" loucos por vida.
São Paulo,
26 de Julho de 2016
Inverno
Lua Minguante.
Antoniel Tony Rimuald

segunda-feira, 24 de julho de 2017

O Pastor e o Padre no arraiá da fé no presidio feminino.


O inverno já havia chegado, mas a primeira semana de frio extremo atrasou o suficiente para permitir que a nossa festa em alusão às festas juninas no Hospital Psiquiátrico feminino de Presos de Justiça fosse realizada livre do frio vindo do sul.
Durante o mês de Junho as detentas pareciam mais ansiosas que o normal, mas ao mesmo tempo, empolgadas com os preparativos. Sempre que chegávamos para realizar nosso trabalho voluntário de capelania prisional, elas estavam ensaiando os passos, cantando as músicas e enfeitando o ambiente para a tão esperada festa.
14 de Julho, acordamos cedo. Irmã Laíde fez algumas ligações para confirmar que as doações dos ingredientes para o cachorro quente estariam prontos a tempo para deixar a festa mais gostosa. Nos dirigimos ao presídio e lá encontramos as voluntárias e junto a elas haviam dois homens, um segurando uma sanfona e outro um violão. Nos apresentamos, então ele se identificou como sendo o padre de uma paróquia da cidade de Franco da Rocha e o outro era um dentista, amigo de longa data. Ambos tinham um sotaque forte do Sul, vestidos a caráter com suas bombachas, estavam prontos para animar a festa ao som da sanfona e violão.
Uma das voluntárias entregou minha identidade antes mesmo que eu me apresentasse para aqueles dois desconhecidos.
_"Pastor, já estamos prontas para entrar". Disse uma das voluntárias.
O padre pareceu meio intrigado e curioso para saber quem éramos e o que fazíamos, perguntou:
_Vocês são evangélicos? Você é pastor, assim, tão novo?. Minha resposta foi positiva para as duas perguntas, então ele continua:
_De qual denominação vocês são? Perguntou o padre.
_Somos da Igreja Batista, eu faço capelania prisional aqui neste lugar já faz mais de um ano e meio. Respondi amistosamente.
Neste momento o Padre declara as impressões positivas que ele tinha pelo trabalho que os batistas realizam e pela forma respeitosa como os Batistas lidam com pessoas de outros credos e religiões. Ele então sugere que fizéssemos um culto ecumênico, no que eu propus que apenas buscássemos ser sal e luz naquele lugar. Senti então surgir ali um sentimento de cooperação. Afinamos os violões, ensaiamos algumas músicas e nos dirigimos para o local onde seria celebrado a Festa.
Alguns portões se abrem, outros se fecham enquanto entramos, o típico som do estilhar de metal e fechaduras sendo trancadas me faz lembrar que estamos numa prisão, jamais me acostumarei com esse som e com os sentimentos que surgem quando vou passando pelas grades e portões desse lugar.
Depois de passarmos por algumas alas, somos direcionados para um ambiente o qual eu ainda não conhecia e não sabia que existia ali naquela unidade prisional. Era um espaço verde, algo parecido com um campo de futebol ou lugar de recreação todo gramado, há algumas árvores tornando o ambiente mais leve. Haviam bandeirolas estendidas e algumas barracas típicas de festa de São João. Enquanto eu observava aquele lugar e juntamente com o Padre organizávamos o som e ligávamos os microfones, as detentas entraram! Todas vestidas à caráter, com roupas e saias feitas de papel, tranças no cabelo, rosto pintado de sardas e um sorriso no rosto que as deixavam mais belas. Devida a ausência de homens no local, algumas outras detentas se vestiram de "homem", pintaram com carvão bigodes e barbas, usavam calças com remendos e igualmente com sorriso no rosto elas me saudavam com o típico sotaque interiorano.
Aquele ambiente de prisão, algemas e loucura mental sutilmente mudava para dar lugar a um clima que por algumas poucas horas nos faziam esquecer que estávamos num presídio.
Tudo ficou pronto, o som ligado, a sanfona funcionando, o violão afinado e eu improvisava um contra-baixo usando as cordas de um velho violão. E ali, padre, pastor e dentista, fazem o fole soar, a música toca e as detentas executam a dança que tanto haviam ensaiado. Todas alegres, apenas algumas outras assistiam sentadas em algumas cadeiras próximas a um muro, enquanto os funcionários, carcereiros, médicos e enfermeiros assistiam atentos. Aquele som, aquelas músicas, aqueles comandos me fazem lembrar por um instante das minhas raízes, do meu nordeste e a saudade do meu Maranhão se mistura com a satisfação de poder fazer a alegria e ser luz na vida daquelas pessoas.
A apresentação dura um pouco mais de trinta minutos. As detentas foram aplaudidas em reconhecimento da superação e esforço delas. Elas lutam não apenas contra a culpa dos crimes que cometeram, mas também contra suas mentes enfermas. São pessoas com doenças mentais, esquizofrênicas, bipolares,transtornos delirantes, de personalidade, etc. Elas lutam para se libertarem de si próprias.
O Padre então continua tocando algumas músicas típicas do Sul, as detentas conversam entre si, há mais de 120 pessoas ali reunidas. Nós paramos de tocar por um momento, então fizemos uma pequena pausa. Nota-se por parte das detentas uma visível agitação e animação entre elas. Quando nos preparávamos para continuar tocando, a irmã Laíde, se aproxima de mim e diz que já estava na hora de irmos. Eu então vejo que todos os funcionários e detentas estavam dispostos a ficarem por mais algumas horas. Me dirijo ao padre e lhe pergunto se ele gostaria de dar alguma palavra. Ele me respondeu que não, então o comuniquei que iria fazer uma breve meditação sobre o Evangelho.
Peguei o microfone, pedi a atenção de todos e os parabenizei por toda a organização e pela festa. Enquanto eu falava, a grande maioria que estava ali presente continuava envolvido com a animação da festa, logo percebi que eu teria que fazer um grande esforço para me comunicar. Lembrei de Jesus que ao falar do Evangelho, ele usava figuras de linguagem comuns ao povo, ele falava com o povo, era natural, relevante, espontâneo e não forçado tudo aquilo que ele ensinava, pregava e vivia. Esse exemplo de Cristo é o que tem sido meu guia para eu comunicar ou pregar o Evangelho.
Desta forma, calmo e tranquilo, eu convidei as detentas que se sentassem na grama a minha frente, no que fui prontamente atendido, apenas as detentas que se acomodavam em algumas cadeiras próximas ao muro e os funcionários permaneceram onde estavam. Então eu iniciei.
"_Queridas alunas e funcionários aqui presentes, eu vou lhes contar uma história que está na Bíblia, é uma história sobre dois detentos e um carcereiro." As detentas instantaneamente silenciaram-se, os funcionários começaram a prestar atenção no que eu haveria de falar e incrivelmente toda a unidade prisional incluindo detentas, funcionários, carcereiros, médicos e enfermeiras ficaram em silêncio. E eu continuei...
"_Paulo e Silas eram servos de Deus e estavam numa cidade pregando o Evangelho. Algumas pessoas da cidade não gostaram de ter aqueles dois estranhos entre eles e os denunciaram às autoridades acusando-os de fazerem um levante e pregarem coisas que aquela cidade não podia aceitar. As autoridades prenderam Paulo e Silas, mas antes, deram uma surra de açoites neles deixando-os feridos e com as costas sangrando e marcadas. Depois disto, deram ordens ao carcereiro que os prendesse e desse maior atenção aos dois. O carcereiro levou Paulo e Silas para a prisão e amarrou os pés e as mãos deles com algemas em um tronco. A Bíblia diz que quando deu meia noite, Paulo e Silas cantavam enquanto os outros presos ouviam as canções, houve um grande terremoto e as portas da cadeia se romperam. O carcereiro acordou atordoado e percebendo que as grades e paredes estavam ao chão, se desesperou e pegando sua espada, ele apontou para o seu próprio peito e estava prestes a se matar. Então uma voz saiu do fundo da cadeia gritando: "_Não te faças nenhum mal porque estamos todos aqui!!" Era a voz de Paulo. O carcereiro, todo trêmulo, pediu luz e foi em direção dos discípulos, então ele perguntou: "_Senhores, o que devo fazer para ter a vida Eterna?" Paulo respondeu: "_Creio no Senhor Jesus e será salvo você e todos da sua casa!".
Depois de contar a história, eu continuei:
"_Há algo comum nessa história que acontece com todos aqueles que se encontram em suas vidas em situações de desajustes, de turbulência, de desestres. Nesses momentos é comum que o ser humano sinta vontade de desistir da vida! É comum esse sentimento quando na vida familiar acontece uma tragédia, quando o equilíbrio de uma relação sentimental é destruída pelo terremoto de uma traição, quando a pessoa é flagrada no seu crime e pecado e de um dia pro outro ela se encontra trancada, presa, com sua liberdade restrita. Quando acontecem esses terremotos que abalam nossas estruturas, é comum que se pense em dar fim na existência, é comum que se pense em desistir de viver. À semelhança desse carcereiro, há muitos de vocês que se encontram nesse estado de desespero, de solidão, de falta de perspectiva de vida, de dor, de falta de sentido de existir. Isso acontece porque as tragédias do existir são capazes de fazer com que a gente se perca. E quando a pessoa se perde, quando a pessoa não tem sentido para viver, quando ela não sente alegria verdadeira, ela passa a se fazer mal e a fazer mal para os que estão ao seu redor. Aquele carcereiro estava prestes a fazer um mal contra si mesmo ao enfiar uma espada no peito. Da mesma forma, muitas pessoas atingidas pelas consequências das tragédias da vida e do existir acabam fazendo mal a si mesmas, elas se matam aos poucos ao se entregarem aos vícios, se matam aos poucos não amando, não perdoando e se perdoando, se matam aos poucos magoando pessoas que as amam, se matam aos poucos praticando o mal contra si, matam-se aos poucos cometendo pecados contra si e contra Deus, e a Bíblia diz que a consequência do pecado é a morte.
Agora olhem pra mim! Neste momento o silêncio permanecia, alguns funcionários visivelmente tocados e emocionados se identificaram com a história do carcereiro, as detentas emocionadas limpam as lágrimas do rosto e eu continuo:
" Quando aquele carcereiro achava que estava tudo acabado, que ele se viu sem chão e sem esperança, ele ouviu uma voz gritar, NÃO TE FAÇAS NENHUM MAL, PORQUE ESTAMOS AQUI!. Da mesma forma, eu estou aqui para te dizer, NÃO TE FAÇAS NENHUM MAL!! PARE DE SE FAZER MAL, porque nós estamos aqui. Estamos aqui para lhes falar que há esperança, que há um sentido maior para existir, estamos aqui para dizer que o terremoto que tem passado por sua vida talvez tenha destruído você, mas quero te dizer que se você ouvir a voz e parar de fazer mal a si mesmo, Jesus vai reconstruir sua vida, vai te dar uma nova vida, uma nova esperança, uma verdadeira razão para existir! Aquele carcereiro ao ouvir a voz, ele baixou sua espada e trêmulo pediu LUZ! Quando se está perdido qualquer caminho serve, mas quando se está perdido e a pessoa quer se achar, ela busca luz para lhe iluminar. Nesta tarde, eu quero lhes dizer que nós temos essa luz, a Luz é Jesus! Ele é o caminho que nos conduz à salvação, Ele faz com que você pare de se fazer mal, ele perdoa os teus pecados e te dá certeza de salvação, Ele é suficiente para salvar você e toda a sua casa!."
Conclui pedindo que todos ali refletissem naquela mensagem e me dispus, logo depois da programação, a conversar e orar com quem quisesse. Alguns funcionário me procuraram, enfermeiras e carcereiros pediram para que eu orassem por eles e por suas famílias, alguns perguntaram se eu teria alguma Bíblia para doar. O ambiente de paz e amor tomou conta de todos e assim nós nos encaminhamos para o refeitório para servir os cachorros-quentes!
Me despedi de todos, orei por algumas detentas e dei um abraço no Padre que se disse tocado pela palavra.
E assim, de forma simples, sem fazer comércio da fé dos outros, apenas sendo sal e luz, concluímos mais um dia na nossa missão junto aos presos de justiça do hospital psiquiátrico de Franco da Rocha.
São Paulo,
24 de Julho de 2017,
Lua Crescente
Inverno.