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segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

VAI A JÚRI ASSASSINO DO PROFESSOR RAIMUNDO, ROBERVAL SEREJO.




Há quase um ano atras o querido professor Raimundo era assassinado de forma covarde e traiçoeira. No último dia 1 deste mês de Dezembro, a vara Criminal de Imperatriz julgou procedente a denúncia do Ministério Público e acusou o ex pastor batista Roberval Serejo tornando-o réu, assim como levá-lo a julgamento pelo tribunal do Juri.

Depois de tantas manobras por parte da defesa de Roberval, onde até mesmo houve o pedido de exumação do corpo do professor Raimundo, sendo que esse pedido foi recusado pelo juiz do caso. Como última tentativa de requerer a liberdade do Roberval, a defesa pediu a absorvição do réu e a sua liberdade alegando que não havia prova suficiente para condená-lo e alegou que o réu havia agido em legítima defesa. A justiça, no entanto, recusou os pedidos da defesa, alegando que havia mais do que provas materiais e testemunhas, além do que o próprio réu havia confessado o assassinato do professor Raimundo.

SEGUE O RELATO DOS FATOS JUNTADOS NOS AUTOS DO PROCESSO.

O policial civil, Nielson de Oliveira Bezerra, disse que após tomar conhecimento do crime, passou a diligenciar no sentido de identificar o seu autor. Conversou com moradores das casas próximas do local e obteve as imagens de câmaras de segurança, onde foi possível visualizar o suspeito se evadindo. Um fato que chamou a atenção do policial foi que, segundo os moradores, uma pessoa, que se identificou como pastor, já havia ido nas casas daquela rua, pedindo que as imagens não fossem entregues para a polícia. Após mostrar as imagens das câmeras para uma filha da vítima, esta reconheceu o suspeito como sendo o acusado. O acusado era pastor de uma igreja, frequentada pela vítima e sua esposa. Durante as investigações, descobriu-se que a esposa da vítima, Rosa Santana da Silva, tinha um caso extraconjugal com o réu, donde se iniciou uma linha investigatória no sentido de que ambos estariam envolvidos no homicídio em questão. A partir daí foram requeridas e deferidas pela Justiça, a prisão, a busca domiciliar e a quebra do sigilo telefônico de ROBERVAL e de ROSA. Da análise dos relatórios produzidos com a quebra do sigilo telefônico, de fato, observou-se a existência de algumas ligações entre os dois, antes, no dia do crime, e nos dias que se seguiram. No entanto, não há transcrição dos diálogos mantidos nas ligações telefônicas ou nas mensagens trocadas, não sendo possível saber se as conversações ou tratativas deles tinham alguma ligação com o crime apurado. No cumprimento do mandado de buscas na residência de ROBERVAL, a polícia encontrou uma camisa e uma calça dele, com manchas de sangue. Após ser preso, ROBERVAL foi interrogado pela autoridade policial, tendo, naquela oportunidade, acompanhado por uma advogada, confessado a autoria do crime com riqueza de detalhes e afirmado que agiu sozinho, sem qualquer participação de ROSA, que, segundo ele, nada sabia.
O acusado declarou "que, na manhã do dia 31 de dezembro, sábado, ele esteve na casa da ROSA, local onde perguntou onde estaria o RAIMUNDO, tendo a ROSA respondido que ele estava no supermercado; e após ouvir a resposta, o ele dirigiu-se a sua casa. Segundo o ex pastor Roberval o RAIMUNDO ligou para o ele, falou que estava no supermercado, comprando mantimentos para a igreja, ocasião em que o ROBERVAL pediu ao RAIMUNDO para comprar um adoçante e que algum tempo depois o RAIMUNDO apareceu na porta da igreja, conduzindo o seu veículo, ocasião em que  ele pediu ao RAIMUNDO para levá-lo a "um lugar" no que foi prontamente atendido pelo Professor Raimundo que então pediu para que  entrasse no veículo, e no caminho foi indicando ao RAIMUNDO por onde ele deveria seguir, ao chegarem a uma rua sem saída, no bairro Cinco Estrelas, o interrogado puxou uma faca que guardava na cintura e tentou cravar o instrumento no pescoço do RAIMUNDO. Neste momento o professor RAIMUNDO pegou a faca com as mãos, tentando evitar que ela atingisse o pescoço dele, então o interrogado empurrou a faca até penetrar o pescoço do RAIMUNDO e que em seguida o interrogado tirou a faca do pescoço do RAIMUNDO, e com o arma nas mãos desceu do veículo do RAIMUNDO. Depois de sair do carro o interrogado então acessou uma calçada de um condomínio, ao lado de um matagal ao final da rua, e acredita que nesse local tenha jogado a faca, mas não pode dar certeza porque alega que na ocasião estava atordoado. Ele afirma que teve acesso a uma rua que fica após o matagal, e ficou ´´vagando, perdido". Afirmou em depoimento que acessou a avenida da FACIMP, e no referido local pegou um moto táxi, tendo seguido para sua casa; ao ser questionado sobre o teor da conversa, ao ligar para a ROSA, por volta das 12h30 daquele dia, o interrogado alega que retomou a um telefonema, e ao conversar com ROSA perguntou a ela se ela tinha notícias do RAIMUNDO. Neste intervalo, Roberval tomou banho, trocou de roupa e retomou ao local em sua motocicleta; disse que quando ele retomou ao local do crime, a notícia da morte do RAIMUNDO já havia se espalhado. O interrogado ao verificar câmeras em um condomínio e em uma casa nas proximidades, na companhia de outras pessoas pediu as imagens nos referidos locais. No condomínio o interrogado conseguiu as imagens, porém afirma não ter visualizado naquele momento;  horas depois o interrogado compareceu no velório do RAIMUNDO, ocasião em que assistiu ao vídeo que havia coletado no condomínio, e no referido local passou a divulgar o vídeo entre os presentes da vítima, antes do velório, o Roberval afirma que havia confessado a esposa, DINEUMA, que havia matado o RAIMUNDO e que na ocasião DINEUMA ficou "desesperada, sem saber o que fazer". No dia seguinte ao enterro, na segunda-feira, dia 2 de Janeiro de 2017, cedo, o Roberval viajou para a cidade de Porto Franco/MA, no entanto afirma ter dito aos "irmãos da igreja" que iria para Santa Rita/MA, ele no entanto, havia dito para para a esposa que estava indo a Porto Franco/MA;  o interrogado afirma ter ficado na casa de amigos, mas não quis revelar os  nomes dos amigos. Durante o interrogatório, Roberval afirmou ter tido relações sexuais com ROSA, esposa da vítima, em quatro ocasiões, e o ponto de encontro do casal era na casa onde o interrogado morava, localizada no terreno da igreja, em horário em que a DINEUMA estava trabalhando; QUE, por volta do mês de setembro a DINEUMA flagrou mensagens no celular do interrogado, onde o mesmo, em conversa com a ROSA, revelava amar esta. Ao ser descoberto, o interrogado conversou com a esposa e os dois se acertaram; mas em meados de outubro o RAIMUNDO visualizou as mesmas mensagens, no celular da ROSA, ocasião em que chamou o Roberval para conversar; ele no entanto, havia negado ao RAIMUNDO que estivesse tendo um caso com a ROSA, e  que apenas enviou mensagens, sendo que após o episódio a relação entre o interrogado e o RAIMUNDO continuou a mesma, de amizade; o RAIMUNDO advertiu o ROBERVAL que se acontecesse de novo, ele iria reunir o Conselho da lgreja e comunicar o ocorrido;  após o episódio o interrogado afirma não ter tido relações sexuais com a ROSA, e que os diálogos entre os dois passaram a ser através de mensagens pela internet e que durante as referidas conversas o Roberval sempre dizia que amava a ROSA, e esta também dizia que amava o ROBERVAL. Ao ser questionado se planejou matar o RAIMUNDO com antecedência, o Roberval afirmou não ter planejado com antecedência, e que resolver praticar o crime no dia em que executou o RAIMUNDO. Ao ser questionado se tem o costume de portar facas, o interrogado respondeu que não. Também ao ser questionado a respeito da participação da ROSA no crime, o interrogado respondeu que ela não participou, e que mesmo após ter matado o RAIMUNDO não contou à ROSA sabre o crime. No dia do homicídio a ROSA chegou a perguntar ao interrogado se ele teria matado o RAIMUNDO, tendo o interrogado negado. O interrogado também nega a participação de outras pessoas. Ao ser questionado se foi pressionado pelo RAIMUNDO nos dias que antecederam o crime, o interrogado reafirma que não, e que praticou o crime sem pensar. Ao ser questionado se tinha conhecimento que o RAIMUNDO tinha um seguro de vida cujos beneficiários eram os filhos e a ROSA, o interrogado afirma que não tinha conhecimento.

Diante de todas as provas produzidas e dos testemunhos, logo em breve teremos o desfecho desse trágico caso que acometeu a todos os moradores da cidade de Imperatriz. Neste caso, esperamos que a justiça prevaleça e que o culpado seja devidamente condenado a cumprir sua pena.

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