segunda-feira, 18 de julho de 2022
Ariano Suassuna faz uma crítica no livro, que virou filme, O Auto da compadecida, onde a mulher do padeiro alimenta seu lindo cachorrinho com filé mignon, enquanto seus funcionários passam fome.
A humanidade está na UTI, enferma da alma, cega e febril de humanidade. Enquanto isso gastam energia em distrações que evidencia sua esquizofrenia social que não consegue estabelecer o mínimo do que seja uma justa prioridade.
O amor verdadeiro sabe estabelecer prioridades justas.
Ao fecharmos os olhos para a gritante necessidade dos nossos semelhantes, e inventamos desnecessários mimos para nossos pets, demonstramos a falência da capacidade empática humana.
Enquanto a relação entre humanos e animais evoluiu no decorrer do tempo, a nossa incapacidade de envolvimento com seres humanos demonstra um nível de involução animalesca.
O amor sabe estabelecer suas justas prioridades!
Assim como a mulher do padeiro, na ficção de “O Auto da compadecida”, foi julgada pelo exarcebado cuidados ao seu animal de estimação, a consciência será como um martelo a ferir a alma daqueles que não atendem às necessidades dos pequeninos semelhantes.
Deus há de cobrar os que maltratam animais, assim como julgará os que não amaram seus semelhantes.
Antoniel Lopes
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